quinta-feira, 29 de outubro de 2009

COMPONENTES NÃO VERBAIS DA COMUNICAÇÃO.

Vamos ver agora em detalhe diferentes componentes moleculares não verbais da comunicação, com o objetivo de ser mais conscientes de sua importância comunicativa e poder trabalhar para controlá-los melhor segundo nossas possibilidades.
• Olhar
• Expressões faciais
• Sorriso
• Postura / orientação corporal
• Gestos
• Distância interpessoal
• Contato físico
• Aparência pessoal
O olhar
Vários estudos avaliam o fato de que as pessoas socialmente competentes costumam olhar à metade superior do rosto do interlocutor, incluindo aos olhos. É freqüente o fato de que uma pessoa que olha mais provoca mais reposta comunicativa nos outros.
Geralmente se olha mais quando estamos escutando (74% do tempo) que quando falamos (40%); isto acontece porque o olhar serve para acompanhar o discurso; assim, uma pausa em nosso monólogo pode ver-se acompanhada de um desvio momentâneo do olhar. Nas situações nas que estamos falando com mais de uma pessoa, devemos olhar-las a todas.
Quando estamos escutando, não olhar pode ser interpretado como falta de interesse, distração, presa … Em geral supõe um convite ao outro para que deixe de falar.
Que se produza o contato ocular, é, portanto, importante e satisfatório na maior parte dos casos. A duração do mesmo dependerá de outras variáveis, como a relação que exista entre as pessoas. Os namorados se olham durante mais tempo aos olhos que os companheiros de trabalho, por exemplo.
O olhar diz muito das atitudes e os sentimentos das pessoas. Olhar aos olhos com muita intensidade durante um tempo sustenido pode ser interpretado em ocasiões como um sinal de hostilidade. Pelo contrario, evitar o olhar se interpreta como um sinal de tristeza, de vergonha, de timidez, de falta de confiança…
Em geral, os seres humanos utilizam, consciente ou inconscientemente, o recurso comunicativo do olhar quando:
• Nos interessam as reações que têm o interlocutor, sua opinião, suas emoções, suas reações, etc.
• Estamos interessados na outra pessoa, gostamos dela e nos sentimos atraído por ela.
• Possuímos um status superior; assim, costuma acontecer que os chefes olham mais aos olhos de seus subordinados, que estes aos seus superiores.
• Somos extrovertidos.
• Estamos escutando.
• Pertencemos a uma cultura que concede valor ao contato visual.
• Estamos situados longe da outra pessoa.
• Sentimos necessidade de ser aceitos.
E é menos provável que olhemos aos olhos quando:
• A distância física com a outra pessoa é muito curta.
• Falamos de assuntos que nos resultam difíceis, ou muito íntimos.
• Não nos interessa a outra pessoa, ou nos resulta chata.
• Somos introvertidos.
• Nos sentimos confusos, tristes, envergonhados, ou inferiores à outra pessoa.
• Queremos ocultar alguma coisa.
• Pertencemos a uma cultura que castiga o olhar direto.
• Não nos interessa ser aceitos pela outra pessoa.
Estas variáveis não devem ser entendidas como a causa do olhar o da ausência da mesma; já mencionamos anteriormente que o comportamento social é situacional; e em cada situação interatuam muitas variáveis externas e internas, para dar lugar a um comportamento determinado; é, portanto a combinação concreta de variáveis a que determinará o resultado final, e neste caso, o fato de olhar mais ou menos.
Mas conhecer estas generalidades sobre o olhar nos pode servir para analisar nosso próprio comportamento e tratar de aperfeiçoar aqueles aspetos que melhorem nossa competência social; já sabemos, por exemplo, que se queremos comunicar a alguém que nos interessa, olhar-lhe aos olhos durante a conversação nos ajudará a fazer-lo.

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